sábado, 19 de novembro de 2011

Sobre a divisão do Pará:


Você é a favor da redistribuição dos royalties?

Talvez você ache que não tem nada a ver, mas imagine o Pará remanescente... Hoje, esta parte tão mais favorecida do estado convive com absurdos casos de venda de seres humanos. E o pior: são crianças... venda de órgãos, prostituição, trabalho escravo... São famílias que não tem nem o mínimo para a sobrevivência e que por conta disso os tão adorados valores da humanidade cristã caem por terra, acaba-se a dignidade, a honra, a esperança... O tão rico em projetos sociais e políticas públicas Pará remanescente tem em sua capital uma das piores cidades do Brasil em saneamento básico, saúde, segurança...
O tão rico Pará remanescente tem um incontável número de pessoas que vivem sem energia elétrica (ribeirinhos)... eu poderia listar um sem número de ‘vantagens’ assim que com certeza conquistaremos caso tenhamos como capital Marabá ou qualquer outra das cidades do sudeste paraense, mas acho que basta para que entendam...

Mas o que isso tem a ver com os royalties?

Volte a imaginar o tão rico Pará remanescente e pense nele sem as riquezas que esta parte do Pará gera... Eu não quero nem imaginar... Meu egoísmo não é tão grande...

Os motivos que me fazem ser do contra são muitos... Eu até entendo o sonho dos que acreditam que a divisão pode melhorar nossa região, mas a verdade é que o meu sonho não é tão pequeno.

A greve do estado acabou, ao menos por enquanto, mas é em respeito ao aluno que voltamos a trabalhar, mesmo humilhados, mesmo depois de termos sido tratados feito bandidos...

Sabemos que se não tivéssemos colocado um fim à greve poderíamos não garantir o fim do ano letivo aos alunos, e comprometer àqueles que estão na disputa (ridícula, diga-se de passagem – pois vivemos num dos países mais ricos do mundo) por uma vaga nas universidades para o ano.

Mas o protesto continua! Voltaremos às aulas vestidos de preto (luto) e faremos uma camisa listrada (preto e branco), como as dos Irmãos Metralha, com a seguinte frase: Professores ou bandidos?. E atrás a frase: Professores são tratados como bandidos pelo governo Jatene. Chega de desrespeito! Fora Jatene!!!


 A luta continua!!!



quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Profissão ou humilhação?




Fácil é ouvir que a profissão de professor é linda, já que tantas pessoas admiram e reconhecem que todos os profissionais devem a sua formação ao professor. Nos canais de TV toca até uma linda musiquinha que diz ser o professor a base de toda conquista...

Lindo NÉ!?

Mas o mais interessante de tudo isso é se você comparar a ‘base de toda a conquista’ com profissionais de outras áreas com o mesmo grau de formação. Por exemplo: um médico, em seu consultório, atende por dia uma média de 15 a 25 pessoas; cada pessoa deixa em suas mãos, se for em Marabá, uma média de R$ 150,00; no final do dia ele estará com um bruto de no mínimo R$ 2.250,00, o que ultrapassa em mais de 100 reais o salário bruto que um professor especialista ganha por mês no município de Jacundá com carga horária de 200 h. Daí que a maioria dos professores tem de assumir mais de um emprego para que consiga dar a sua família uma vida digna. Alguns tendo de assumir cargas horárias que, às vezes, ultrapassam às 300 h. 

É um absurdo!!!

Os professores da Rede Estadual de Ensino do Pará já estão em greve há mais de trinta dias para que o piso salarial nacional seja respeitado pelo (dês)governo Jatene... Em ato público, uma caminhada que terminou em frente à SEDUC, os professores ao invés de serem recebidos por uma comissão do governo para negociações foram recebidos pela tropa de choque e cavalaria da PM...


É isso o que se faz com a ‘base de toda a conquista’...

Coisas desse tipo acontecem no estado desde a criação do SINTEPP (Sindicado dos Trabalhadores em Educação do Estado do Pará), e o mais interessante é que o povo parece não perceber tamanhas injustiças cometidas pelo tipo de governo que elegem. Sabíamos que o governo PSDBista é o grande responsável por genocídios como o da curva do S em Eldorado do Carajás... como pudemos esquecer de coisas assim e elegermos para mais quatro anos esse governo repressor?


Está na hora de nos politizarmos, de percebermos que só através da política é que mudaremos esse país, mas desde que repudiemos esse tipo de governo que oprime, ridiculariza e humilha os seus próprios educadores!

Abaixo a falsidade pregada pelos governos em relação à educação!
10% do PIB para a educação!
Fora Jatene!!!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011


Até onde vai o egoísmo?





Vimos ontem, em todos os jornais, os manifestos ‘populares’ que os governos estaduais do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo fizeram contra a nova distribuição dos royalties. Deu para perceber que, para aquelas pessoas, pouco, mas bem pouco mesmo, importa se os outros estados também necessitam de dinheiro.
Alguns estados do Nordeste, por exemplo, não recebem nada, já que não tem em seu território nenhuma grande multinacional como a ‘brasileira’ PETROBRÁS. Pouco importa para essas pessoas se nesses estados não existem escolas públicas com o mínimo de qualidade, hospitais que atendam ao menos nos corredores, segurança ao menos corrupta...

Sabemos que na verdade esse dinheiro acaba indo parar nas mãos de políticos corruptos, com suas empresas de fachada, mas mesmo assim esse dinheiro não pode ficar nas mãos de tão poucos.
Já que “o petróleo é nosso!”, que todo o país possa usufruir dele!


Até parece que Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo não são Brasil, ou será que é o resto do país que não é?

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Qual o apocalipse que queremos?

"A Terra vai recuperar o equilíbrio sozinha, mesmo que demore milhões de anos. O que está em risco realmente é a civilização" James Lovelock

O que estamos esperando para acordar?


Amor e Verdade sempre!!!

Veja a dura realidade de quem nasce neste sistema absurdo!




Enquanto os banqueiros discutem como ganhar mais, pobres crianças morrem aos milhares sem ter nada para comer...
Afinal, para que será que serve mesmo dinheiro nos bancos?
Talvez seja para financiar situações como essa...

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Desabafo...

É uma vergonha! Estamos numa luta vergonhosa, mas que não é vergonhosa pelo que lutamos e sim pelo que não nos deixam ser. Somos educadores, professores, temos sob os nossos cuidados aqueles que serão o futuro do nosso país. E é isso o que mais me preocupa. De todos os profissionais que cursaram nível superior qual é o que menos recebe pelo seu trabalho? Tentei encontrar outro, mas não consegui... Agora se você parar um pouco para pensar na responsabilidade que é a de um professor, se você realmente souber qual é essa responsabilidade, verá que nenhum outro profissional no mundo a tem maior na sociedade. Mas infelizmente professores são desvalorizados, a educação é desvalorizada, e o que me revolta é que quando acontecem casos como o do rio, o de Belém e até mesmo o daqui, semana passada, em que um aluno esfaqueou outro na escola, ficam se lamentando, procurando culpados... Pois digo que o culpado é o desrespeito à educação que presenciamos nesse país!

A situação precária de nossas escolas e a incapacidade do sistema de fazer com que a escola seja o universo educacional fazem com que muitas pessoas, verdadeiros profissionais, desistam de educar, ou então que grandes educadores caiam na desmotivação, passando a desacreditar na educação verdadeira. O pagamento que o profissional da educação recebe é um motivo de desmotivação, pois sabemos que o homem não vive somente de pão, e sim de pão, educação, saúde, esporte, lazer, amor, etc., mas de tudo isso, muitas vezes, cabe ao professor apenas a frustração e uma cervejinha no final de semana, para não enlouquecer.

Professores ganham um mísero salário que os obriga a ter dois ou até mais vínculos empregatícios. São obrigados a se privar de várias coisas porque o salário não dá. Qualquer conforto que procura já é o bastante pra lhe apertar financeiramente por vários meses, e em prestações inacabáveis. Se por acaso pensa em viajar nas férias, tem que economizar na boca uns quatro meses antecipados. Se aparece o IPVA, pronto! Acabou o salário! Sei que muitos ganham bem menos, mas, repito, ninguém tem responsabilidade maior na sociedade. E o que é pior é que para que ganhemos o que é nosso por direito, míseros 12%, percentual que nesses dois anos foi repassado ao salário mínimo, precisamos nos humilhar, sair às ruas para sermos chamados de baderneiros, preguiçosos, e outras coisas que os ignorantes falam mesmo. E enquanto isso, nossas atividades estão paradas, nossos alunos estão por aí, fazendo sabe-se lá o quê...

Será que não entendem? Precisamos mesmo ser tão humilhados para ter o que é nosso? Quando nos darão o valor que merecemos? Quando a educação será prioridade nesse município? Nesse país? Quando???